sexta-feira, dezembro 21, 2007

Do Poetinha

Do Poetinha

Batatinha quando nasce
se esparrama pelo chão

Neste liquido
que agora bebo

As palavras são a uva
E o poeta a fermentação

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Amigos, voltei a postar com freqüência neste espaço e muito me agrada a visita de vocês por aqui. O Blogger.com limitou os comentários com link para blog, apenas para os que possuem conta nele. É uma atitude triste e que não tem o meu apoio.
Fato é que muitos de vocês vieram parar aqui por conta disso. Gostaria de avisar que continuo com as atividades normais no meu outro blog Metamorfose Pensante.
Fiquem a vontade para visitar-me na casa que lhes for mais aprazível, amigos são sempre bem vindos em todas.
Um abraço

sábado, dezembro 08, 2007

Mar036

Sento ao chão para olhar o céu
Este céu esplendido de inverno
A brilhar sobre nossas cabeças
Azulissimo, Azulérrimo, Azulado
Simplesmente, unicamente: azul
É o mesmo que cobre a ti, a mim
O mesmo em suas peculiaridades
Aqui azul, acolá cinza-nublado
Mais adiante uma torrencial
Explosão de vida em água: chuva!
Oh céu: tão próximo, tão nosso
tão distante, belo, sonhador...
Neste chão que carrega energias
Sentar-se nele é sempre um presente
O roçar da grama em orvalho gelado
Na pele branca e, agora, arrepiada
A mão à apalpar o ar com os movimentos
Leves de quem dança, de quem ama...
Ama viver, mais um apaixonado pelos
Sons cotidianos, pelo murmúrio das ruas
Pelo roçar das panelas sobre o fogão
Esquentando o saboroso e indispensável
alimento, preparado por quem gostamos
A voz, por vezes irônica, por outras, chorosa
Mas sempre aconchegante dos amigos...
As luzes, estas que indicam ciclos
O dia, a noite, a chuva, o crepúsculo
O sol, a vela, a lâmpada, a estrela
Levanto-me e continuo a andar, pois
A vida é bela e não espera!
Venhas comigo...
Estou com a mão estendida e ouvidos atentos
Para os dialogos sinceros que lhe proponho...

Um beijo de palavras amigas... ao meu amigo de palavras!

sábado, novembro 24, 2007

Vítima da Moda




(clique na imagem para ampliar)

domingo, agosto 26, 2007

Mar007

De que vale a batida de um coraçao
se este esta sozinho?
Sozinho o coração faz o sangue
de um humano pulsar, correr...
mas ele corre frio, sem cor...
Um pequeno coração, pequenino
que junto de outro cresce
aquece, colore.
Ser solitário não é ser infeliz.
Ser solitário é ser livre, louco,
liberto dos grilhões.
Mas ser sozinho é triste.
É escuro. É minusculo.
Mas meu coração faz mais que bater,
ele escreve para teu coração
sem medo.
As vezes oscila, é verdade.
Mas oscila apenas para escolher
qual palavra está mais proxima do
seu ouvido cardiaco...
E com todo o ritmo de um
coração solitário, mas não sozinho,
eu lhe escrevo estas pequenas,
até que elas formem dois braços
suficientemente grandes para te
abraçar. E assim abraço-te com
palavras para, com elas,
aproximar corações.

quarta-feira, julho 18, 2007

Mar028

Tua amizade é uma dádiva
Tu que és luz
Sem peso, sem forma
Tu és apenas beleza
Sentimentos
E cobres tudo
Como luz, és beleza

És luz

És amor

Tu que és luz
Transcende-me
Transforma-me em luz
E deixa-me leve
Tu que traz a mim alegria
Traz a mim inspiração

Tu que és luz
Teus olhos brilham
Tocando a todos que ousam
Cruzar com eles
Profundos, sinceros
Teus.

Tu que és luz e
Deixa-me feliz com tua amizade
Tu que estás ai, mas, que há muito,
Estás também aqui, em meu coração
Tu que há tanto só me traz alegria
E revelação...

Tu que és luz
Ilumina minha vida
Dá-me a mão
Vem comigo
Pois tua amizade
E tua luz me é cara
Tu és a mim essencial e imprescindível

quarta-feira, maio 30, 2007

Mar011

E hoje saiu o Sol.
Nasceu abrindo um espaço entre a vasta neblina que a chuva deixou
Rasgando a nevoa deixando um rastro azul por onde passava...
Logo o rastro tomaria todo o céu...
Tomaria a alma de todos que embaixo deste céu habitavam...
Tomaria a minha alma
levando para longe a tranqüilidade melancólica de outrora
e trazendo em seu lugar uma alegria
estampada em um sorriso...
Sorriso que trago desde que li seu ultimo poema...
Sim um poema que falava de uma alegria selvagem
como esta que toma conta do dia de hoje...
Tão selvagem quanto pode ser a alegria humana...
Tão selvagem quanto só a alegria de uma criança sabe ser...
E é com esta alegria selvagem da qual me falaste
que me despeço.

quarta-feira, maio 02, 2007

Vinicius de Moraes II

Mais uma do Vinicius. No final do quinto ano de faculdade todos os meus relatórios do final do curso vieram com esta frase na introdução... acho que ela fala muito desse periodo...

"A casa não era mais a hospedeira de uma alegria que partira, mas de uma saudade que tinha chegado: uma saudade doída, feita dessa indefinível angústia de meninice, quando cada sentimento é uma paixão e cada coisa que se passa, um acontecimento extraordinário." Frase retirada da crônica "Velho amigo" de Vinicius de Moraes.