sábado, dezembro 02, 2006

Mar025

Uma inquietação me arrebata o corpo
Deixa feridas expostas
Exposição contaminação
Saio de mim
Cansaço
Canso
Muito
Tento o sono... o sonho... o repousar...
I-N-S-O-N-H-A
Vem passear em meus lençóis
Brinca com toda a música que posso escutar
Folhear palavras já não cabe
Olhos fechados
Abertos para a agonia que não tem fim.
F-I-M
Não luto mais
Deixo-me arrastar
Sou levada com leveza até teu reino
Doce encanto
I-N-G-E-N-U-I-D-A-D-E
A minha!!!
Pensar que entraria em ti e sairia de lá intacta
Sim
Sai de lá
Melhor? Pior?
Diferente
És a diferença
Sou a diferente
Pois retorno agora
Retorno sempre
Por que retornar se o caminho é o futuro?
O acaso?
O depois?
Retornar porque te desconheço
Retornar para re-conhecer
O que até então não era
C-O-N-S-C-I-E-N-T-E-M-E-N-T-E
Conhecido
L-O-U-C-U-R-A
diria a vanguarda
a velha guarda
a guarda
os outros
mas que importa se tudo o que existe...
O que existe?
Existe o que eu posso sentir
E eu te sinto.
Neste momento te sinto mais que tudo
Mais que muito
Mais que louco
Mais que sábio
Te sinto
E neste sentir está todo o significado
Intransponível
Do que digo
Sentimento, sentido, sofrido, rigoroso
Mas que regras são essas do meu sentir abismado
curioso?
Continuas a fazer sentido
Mas pra que fazer sentido?
Continuas a trazer sentimento
e sentir é o que importa
o que me importa
Sim
te abraço mesmo distante... mesmo desconhecida, talvez desavisada...
Só assim te vejo... só assim me vejo
Faz-me olhar para mim como nunca
Faz-me olhar para o mundo como novo
Faz-me olhar para ti como o silêncio
O silêncio das palavras escritas... esse silencio incompreensivelmente sábio

Brindo contigo a felicidade das palavras companheiras e autoras da nossa hitória