sábado, fevereiro 17, 2007

Mar083

O livro da Lygia Fagundes Telles aberto no conto "O Encontro".
A rosa solitária e já seca no vaso com água
No rádio, a voz possante de Leny Andrade vai invadindo a sala
E sua voz asserva "chega de saudades, a verdade é que sem ele não há paz, não há beleza"
Tão simples e tão certo.
Tom e Vinicius, mais uma vez, acertaram.
Essa maçã com um sabor verde
Assim, uma azedo delicioso... algo inexplicável.
Inexplicavel como descrever uma saudade.
Seria a maçã a fruta da saudade?
Desconfio que qualquer fruta que estivesse comendo agora seria a fruta da saudade.
Fato é que tudo parece me levar a ti.
Sem demora, sem mistificação, fato: a ti.
Por palavras, que seja.
E aqui estou: uma saudade tua, de sempre, em palavras, de agora.

Fica com minhas palavras, enquanto fico com a saudade tua...

... hoje não te deixo um beijo, mas uma estrela. Olhe para o céu que uma delas olhará para ti...

domingo, fevereiro 11, 2007

Mar082

A grande dificuldade dos domingos...

Sua liberdade, a falta de horário, a quase obrigatoriedade de ser diferente
Um dia assim, sem mais.
Diz-se que o mundo foi feito em seis dias
Diz-se que o domingo foi feito só para descansar.
Perfeito! Ou quase...
Fazer nada sozinho não tem graça.
O bom é fazer nada junto.
E transformar o nada em conversas, divagações,
carinhos, bolos, passeios,
ou simples presença.
Simples?
Nem tão simples nos domingos de solidão...
Tudo que se quer de um domingo é que ele possa ser compartilhado.
Por hora tudo que posso compartilhar contigo são essas palavras
escritas em uma terça a noite,
só para dizer que meu domingo também foi só.
Ai... que falta faz a tua presença...

Deixo-te um beijo para que nossas ausências pareçam menos solitárias...