domingo, setembro 10, 2006

Mar069

Uma caneta me lembra de ti.
Um livro também.
Tudo ao meu redor chamava para que eu te escreveste estas linhas.
Pois elas saem de mim fluidas, sem nenhum próposito...
... a não ser o próposito supremo de chegar até ti.
Falo de ti para o vento, para o lago.
Falo de ti para os caminhos por onde passo.
Falo de ti aos caminhantes também, mas eles não escutam:
estão ocupados demais em viver sem poesia...
... eu entendo a sua surdez: deve ser dificil viver assim...
Hoje falo de ti ao papel, pois quero que saibas o que falo.
Falo que tenho saudades.
Falo que tuas palavras me tocam sempre de uma forma diferente,
sempre intensas,
sempre companheiras,
sempre ferozes, sedentas de vida.
Escrevo-te um beijo em verso para poder derramar estas palavras em tuas íris.