Pois continuemos por aqui
Esse dialogo de errantes
E aprendizes do caminho
O meu caminho passa por ti
Sorriso aberto para o cumprimento
Um instante calado para o abraço
Nos longos silêncios da infância sozinha
Aprendi e pratiquei com disciplina espartana
O conversar dos loucos: monologo
Com os livros descobri que
As palavras também falam
Na solidão quieta das bibliotecas
Tornei-me uma boa ouvinte
Com os olhos auditivos
Os sons abafados das entrelinhas
Sem voz, minhas mãos
Descobriram que podiam usar
As palavras escritas para falar
Deslizaram com tinta
Trajetórias no papel
Signos perdidos em cadernos mortos
Mas o destino, coisa louca,
Levou minhas palavras até ti
Retornando em eco
Reverbera até hoje
Por agora e para sempre, nestes ossos
Estalando em sons, em mapas
Por ti mapeei minha trajetória de letras
Uma vida em busca de expressão
Que por vezes encontra o encanto...
O encanto do caos.
Um encanto de abraço para ti que tanto encanta.
Alguns Pensamentos
sábado, agosto 12, 2006
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5 comentários:
Você deveria escrever mais assim... isso é exatamente o que quero ler de/em ti... eu quero ler...
Bonito isto, cara Marcela Maga. Sim, os livros falam na solidão das bibliotecas. Só os que tem ouvidos de ouvir o percebem.
Será uma honra ter o meu texto do Antigas Ternuras em seus guardados. Fique à vontede.
Beijo procê.
Marco (não tem "S")
Oi Maga! Eu li, reli, fiquei saboreando este texto... Como eu gostaria de tê-lo escrito!
Beijões!
"...As palavras também falam
Na solidão quieta das bibliotecas..."
Nada mais correcto.
Obrigado pela tua visita. Volta sempre que farei o mesmo.
Aconselho-te a visitar o meu outro blog
conversainutil.blogspot.com
e o blog da minha fada
anagarrett-artpainting.blogspot.com
Beijos de amizade
"As palavras também falam na solidão quieta das bibliotecas"
As palavras estão vivas e inspiraram-te a escrever esse lindo poema.
Parabéns!
Beijos serenos.
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