Hoje chove e fico em casa
admirando as palavras
enquanto a terra tem seus recantos desvendados pelas águas
eu tenho os meus desvendados pelas entrelinhas
Abro a janela e deixo as gotas molharem meu rosto
Estas corajosas que se lançam das alturas
para renovar o mundo
elas me avisam que sempre é tempo de recomeçar
e as deixo escorrer sem resistência pela pele
até se reencontrarem novamente com o chão
onde vão alimentar outros corpos e outras almas...
... até se precipitarem mais uma vez em chuva
E eu hoje, agora, ainda e mais uma vez
me lanço ao trabalho de começar novos caminhos
deixar velhos medos de lado
escolher novas sementes para semear
encarar os perigos reais
e deixar a vida entrar por todos os recantos onde resida a alma
onde resida o sonho
onde residam os amigos que em mim vivem
me abro para o novo
e, como no jazz, improviso,
improviso passos
nesses caminhos sem mapa...
... e sem mapa meus passos sempre me levam a ti...
um abraço renovado para um velho amigo
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6 comentários:
A chuva lava o céu, a terra e as mágoas. Isso mesmo, renove-se. reencontre-se. Permita-se.
Beijos procê. Muito bonito o seu post.
Poeta!
Tenha um ótimo domingo, querida!
A água da chuva lava a alma e reaviva os mapas que sempre nos levam aos caminhos do coração...
Beijo!
"...me lanço ao trabalho de começar novos caminhos..."
A todo momento damos um passo para o conhecimento do novo a fim de sacudir nossa existência mesquinha e renovar constantemente nosso ponto de vista diante das tempestades da vida.
Beijos de esperança.
Nao te conheco ainda. Mas amei o que escreveu, e daqueles lugares na rede que vc acaba entrando sem querer e acaba lendo a coisa certa na hora certa.
Entao passo aqui pra agrade cer porter escrito isso. Estou em um momento proximo a teu texto faltava o teu animo de buscar o novo com um entusismo que ja nao se faz tao presente, talvez agora vc o tenha compartilhado comigo.
Obrigada
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